sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

EMBRIOLOGIA HUMANA - TERCEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO

Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Biologia dos Organismos Animais

ALUNO: Vilson Antônio Arruda (0178662) REGESD

TERCEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO

Gastrulação
Na terceira semana do desenvolvimento humano ocorre a gastrulação com espetaculares transformações no embrião, cuja mudança do disco embrionário, até então bilaminar, para a formação de um novo disco embrionário em três camadas germinativas (ectoderma, mesoderma e endoderma). Estudos indicam que nesta etapa ocorre a multiplicação celular na superfície do epiblasto embrionário para constituição das camadas germinativas. No primeiro momento da grastulação acontece a migração dessas células que se multiplicam e se direcionam para a linha média longitudinal do disco embrionário formando a Linha Primitiva.
Da linha primitiva se origina a células mesenquimais que direcionam-se entre o epiblasto e o hipoblasto. Depois é observado que na parte mediana desta linha primitiva aparece o sulco primitivo. Na parte extrema cefálica origina-se uma protuberância (saliência) celular, denominado Nó Primitivo, em cuja região central se forma a fosseta primitiva. Na outra extemidade, caudal, surge uma área de forma circular denominada de membrana cloacal que no futuro ocorrerá a formação do ânus. Quando a linha primitiva se completa é capaz de se observar o eixo cefálico-caudal, como também os lados direito e esquerdo e as regiões dorsal e ventral.

Neurulação
Entre os acontecimentos expressivos da transformação da gástrula em nêurula são os aparecimentos do tubo neural, notocorda e mesoderma embrionário.
O Tubo Neural é formado a partir do conjunto de células da ectoderme presentes na região mediana da porção dorsal, ao longo de todo o embrião, que se achatam constituindo a Placa Neural. Em sequência ao processo, a Placa Neural invagina-se formando o sulco neural, que se torna mais fundo e funde os seus bordos, originando, assim, o tubo neural, responsável pela formação do sistema nervoso do embrião.
A notocorda é formada a partir da invaginação da fosseta primitiva, e as células rumam ao longo da linha mediana na direção cranial formando duas estruturas diferenciadas: a Placa Precordal que é o promórdio da membrana bucofarígea (será a formação da boca) e o processo notocordal que se desenvolve cefalicamente entre o endoderme e o ectoderme. A partir daí o processo passa pro modificações. Inicialmente, a parede ventral do processo notocordal funde-se a endoderme e se degenera lentamente formando um canal neuroentérico entre a cavidade amniótica e a cavidade vitelínea. Seguindo se transforma em uma placa notocordal, que depois dobra-se sobre si constituindo a notocorda propriamente dita. Esta notocorda serve para definir o eixo ao embrião e de base para o desenvolvimento do esqueleto axial e dos futuras vértebras, em cujo interior se desenvolve o sistema nervoso central do ser em formação.

GLICOGÊNESE E METABOLISMO DE LIPÍDEOS

Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Instituto de Biociências
REG209 – Bioquímica Fundamental

Aluno: Vilson Antônio Arruda

Questionario 7 CORRIGIDO – Gliconeogênese e Metabolismo de lipídeos

- Gliconeogênese

1) Como a estrutura do glicogênio está relacionada a sua função metabólica?
O glicogênio é um polímero de moléculas de glicose unidas por ligações α (1→4) e ramificações com ligações α (1→6). Apresenta ramificações a cada 8 a 14 unidades de glicose. O fato de apresentar muitas ramificações torna o glicogênio uma molécula com várias extremidades de glicose que podem ser hidrolizadas do polímero pela enzima glicogênio-fosforilase, que cliva, por adição de grupos fosfato, as ligações α (1→4) do glicogênio seqüencialmente (em direção à extremidade não-redutora da molécula). (Fabiana) A estrutura altamente ramificada do glicogênio, que possui muitas pontas não-redutoras, permite a rápida mobilização da glicose em períodos de necessidade metabólica. As ramificações α (1→6) do glicogênio são clivadas pela enzima desramificadora do glicogênio. (Voet, cap. 8, p. 219).
O glicogênio é a principal reserva de glicose do nosso organismo e é abundante nas células do músculo esquelético e fígado, onde fica armazenado sob a forma de grânulos.

2) Descreva brevemente a síntese e a degradação do glicogênio.
A degradação do glicogênio, ou glicogenólise, requer três enzimas:
1. A glicogênio-fosforilase (ou simplesmente fosforilase) catalisa a fosforólise do glicogênio (clivagem da ligação pela substituição de um grupo fosfato) produzindo glicose-1-fosfato (G1P).
Essa enzima somente libera uma unidade de glicose se essa estiver até no
mínimo cinco unidades de um ponto de ramificação.

2. A enzima de desramificação do glicogênio remove as ramificações do glicogênio,
tornando, assim, mais resíduos de glicose acessíveis à glicogênio-fosforilase.

3. A fosfoglicomutase converte G1P em G6P, que pode ter vários destinos
metabólicos.

A síntese do glicogênio envolve 3 enzimas:
1. A UDP-glicose-pirofosforilase, que sintetiza UDP-glicose a partir de glicose-1-fosfato e UTP.

2. A glicogênio-sintase, que acrescenta a UDP-glicose em ligações α (1→4) à cadeia crescente do glicogênio, liberando na reação UDP e glicogênio (n + 1 glicose).

3. A enzima de ramificação do glicogênio, que transfere 7 glicoses ligadas em α (1→4) para a OH do carbono 6 de uma glicose do glicogênio - formando a ramificação em ligação α (1→6). (Fabiana)


3) O que é a gliconeogênese e qual a sua importância?
Quando não houver disponibilidade de glicose na dieta, ou quando o fígado esgotar
seu suprimento de glicogênio, a glicose será sintetizada a partir de precursores
não-glicídicos pela gliconeogênese. Na verdade, a gliconeogênese fornece uma
porção substancial da glicose produzida em seres humanos em jejum, mesmo algumas
horas após a alimentação. A gliconeogênese ocorre no fígado e, em menor
grau, nos rins. (VOET)


4) De modo geral quais os precursores não glicídicos que podem ser convertidos em glicose?
Os precursores não-glicídicos que podem ser convertidos em glicose incluem os produtos da glicólise lactato e piruvato, os intermediários do ciclo do ácido cítrico e as cadeias carbonadas da maioria dos aminoácidos. Em primeiro lugar, entretanto, todas essas substâncias devem ser convertidas no composto de quatro carbonos oxaloacetato , que é, ele próprio, um intermediário do ciclo do ácido cítrico. Os únicos aminoácidos que não podem ser convertidos em oxaloacetato nos animais são a leucina e a lisina, porque seu catabolismo produz somente acetil-CoA (Seção 20-4E) e porque não há uma via nos animais para a conversão líquida de acetil-CoA em oxaloacetato. (VOET)

5) Em qual composto essas substâncias são convertidas e qual sua relação com o ciclo de Krebs?
Incluem os produtos da glicólise lactato e piruvato, os intermediários do ciclo do ácido cítrico e as cadeias carbonadas da maioria dos aminoácidos. Em primeiro lugar, entretanto, todas essas substâncias devem ser convertidas no composto de quatro carbonos oxaloacetato, que é ele próprio, um intermediário do ciclo do ácido cítrico.
Os únicos aminoácidos que não podem ser convertidos em oxaloacetato nos animais são a leucina e a lisina, porque seu catabolismo produz somente acetil-CoA e porque não há uma via nos animais para a conversão líquida de acetil-CoA em oxaloacetato. Da mesma forma, os ácidos graxos não podem servir como precursores da glicose em animais porque a maioria dos ácidos graxos é degradada completamente a acetil-CoA.
Por conveniência, consideramos a gliconeogênese como sendo a via pela qual o piruvato é convertido em glicose. A maioria das reações da gliconeogênese corresponde a reações da via glicolítica que acontecem no sentido inverso.
Entretanto, as enzimas glicolíticas hexocinase, fosfofrutocinase e piruvato-cinase catalisam reações de trocas de energia livres bastante negativas. (VOET, Celina)

6) Descreva as reações da gliconeogênese.
Sete das dez reações enzimáticas da gliconeogênese são na realidade inversões de reações da glicólise.
Entretanto, três passos na glicólise são essencialmente irreversíveis, sendo um deles a conversão de fosfoenolpiruvato em piruvato. (Celina)
A primeira das 3 reações exclusivas da gliconeogênese é a conversão do piruvato em fosfoenolpiruvato (PEP). Como essa etapa é o inverso da reação altamente exergônica catalisada pela piruvato-cinase, ela requer um aporte de energia livre. Isso é obtido, em primeiro lugar, pela conversão do piruvato a oxaloacetato. O oxaloacetato é um intermediário de “alta energia”, pois sua descarboxilação exergônica fornece a energia livre necessária para a síntese de PEP. O processo requer duas enzimas:
1. A piruvato-carboxilase que catalisa a formação de oxaloacetato a partir de piruvato e HCO_ 3 à custa de ATP.
2. A fosfoenolpiruvato-carboxicinase (PEPCK) que converte oxaloacetato em fosfoenolpiruvato (PEP), em uma reação que usa GTP como um doador de grupo fosforil. (Voet).
O fosfoenolpiruvato produzido nesta etapa vai ser transformado em frutose-1,6-bifosfato pelas enzimas que também fazem parte da glicólise, e que, como catalisam reações reversiveis, podem operar a via no sentido inverso.
2º reação: ocorre a conversão da frutose-1,6-bifosfato em frutose-6-fosfato, sendo que esta reação é catalisada pela frutose-1,6-bifosfatase.
3º reação: nessa etapa vai haver a conversão de glicose-6-fosfato em glicose. O grupo fosfato ligado ao carbono 6 da glicose-6-fosfato vai sofrer uma reação de hidrólise, catalisada pela glicose-6-fosfatase. O produto dessa reação vai ser a glicose, que por não estar mais fosforilada, vai poder atravessar a membrana plasmática. A enzima glicose-6-fosfatase só ocorre em fígado e rins. (Sandra Ferrari)

7) Quais as diferenças em relação à glicólise?
A diferença em relação a glicólise é que as enzimas glicolíticas hexocinase, fosfofrutocinase e piruvato-cinase catalisam reações de trocas de energia livre bastante negativas. Essas reações devem, portanto, ser substituídas na gliconeogênese por reações que tornam a síntese da glicose termodinamicamente favorável. (Jane Alves)


A soma das reações biossintéticas que levam do piruvato até a glicose sangüínea livre é:

2 Piruvato + 4 ATP + 2 GTP + 2 NADH + 4 H2O Glicose + 4 ADP
+ 2 GDP + 6Pi + 2 NAD+ + 2H+
Para cada molécula de glicose formada a partir do piruvato, seis grupos fosfato de alta energia são consumidos, vendo claramente que esta equação não representa a simples reversão da equação para a conversão da glicose em piruvato pela glicólise, uma vez que esta libera apenas duas moléculas de ATP:

Glicose + 2 ADP + 2 Pi + 2 NAD+ 2 Piruvato + 2 ATP
+ 2NADH + 2 H+ + 2 H2O
Por isso, diz-se ser a síntese da glicose a partir do piruvato um processo relativamente custoso.
A gliconeogênese e a glicólise são processos essencialmente irreversíveis dentro das condições intracelulares por apresentarem uma variação global de energia livre altamente negativa (a glicólise apresenta variação de energia livre de 63 KJ/mol). (Celina)

8) Em que momento do estado nutricional do organismo ocorre predominantemente a glicólise e a gliconeogênese?
A glicólise ocorre quando o organismo está bem nutrido, por exemplo depois das refeições. Já a gliconeogênese ocorre quando o organismo está em jejum, sem suprimento externo de glicose. (Fabiana)
A mobilização de glicose dos estoques de glicogênio, principalmente no fígado, permite um suprimento constante de glicose (_5 mM no sangue) para todos os tecidos. Quando a glicose é abundante, como imediatamente após uma refeição, a síntese de glicogênio é acelerada. Mesmo assim, a capacidade do fígado de estocar glicogênio é suficiente apenas para suprir o cérebro com glicose por um período de aproximadamente meio dia. Em condições de jejum, a maioria das necessidades de glicose do organismo é suprida por meio da gliconeogênese (literalmente, nova síntese de glicose) a partir de precursores não-glicídicos como os aminoácidos. (Voet)

9) Qual o efeito da insulina na síntese do glicogênio? E o efeito do glucagon?
A insulina é liberada pelo pâncreas na circulação quando as concentrações sanguíneas de glicose estão altas, ou seja, a insulina sinaliza que o organismo está bem alimentado. Já o glucagon é liberado pelo pâncreas na circulação quando as concentrações sanguíneas de glicose estão baixas, sinalizando que o organismo carece de nutrientes, está em jejum. A insulina e glucagon têm efeitos em vários aspectos do metabolismo energético. A insulina promove a síntese e o glucagon promove a degradação do glicogênio. (Fabiana)

No fígado, o equilíbrio entre a síntese do glicogênio e a quebra do mesmo é controlado pelos hormônios glucagon e insulina. Esses hormônios, pela regulação do nível de cAMP em seu tecido alvo, determinam a relação entre as formas ativas e menos ativa da fosforilase do glicogênio e do glicogênio sintase. Esses hormônios também regulam a concentração de frutose-2,6-bifosfato e, consequentemente, o equilíbrio entre gliconeogênese e glicólise. Glucagon: agindo principalmente no fígado, tem ação semelhante à da adrenalina, favorecendo a degradação do glicogênio: Quando os níveis sanguíneos da glicose caem, o glucagon sinaliza ao fígado para que este produza e libere mais glicose para a corrente circulatória. Uma das fontes de glicose no fígado são os reservatórios de glicogênio, e outra é a gliconeogênese. (Celina)
A glicose produzida pela gliconeogênese ou resultante da clivagem do glicogênio é
liberada pelo fígado na corrente circulatória para ser utilizada como fonte energética
por outros tecidos. (Voet)


10) O que são nucleotídeos de açúcares? Qual a importância da formação destes?
Os açúcares nucleotídicos são açúcares ligados a nucleotídeos (por, exemplo, UDP-glicose). São compostos de alta energia que, ao terem um das ligações fosfato hidrolizadas, possuem energia para formação de ligações glicosídicas. (Fabiana) Por exemplo, Os açúcares nucleotídicos são os doadores na síntese de oligossacarídeos O-ligados e no processamento de oligossacarídeos N-ligados das glicoproteínas (Seção 8-3C). Os oligossacarídeos O-ligados são sintetizados no aparelho de Golgi pela adição seriada de unidades de monossacarídeos a uma cadeia polipeptídica completa. (Voet)


11) O piruvato utilizado na gliconeogênese pode ser proveniente da glicólise? Isto não constituiria um ciclo fútil?
As vias opostas da gliconeogênese e da glicólise, como a síntese e a degradação do
glicogênio, não acontecem simultaneamente in vivo. Em lugar disso, essas vias são
reciprocamente reguladas para responder às necessidades do organismo. Há três
ciclos de substrato e, portanto, três pontos potenciais para regular de forma oposta
o fluxo glicolítico e o fluxo gliconeogênico (Voet)

- Metabolismo de lipídeos

12) Como os sais biliares auxiliam na digestão e na absorção de lipídeos?
Os sais biliares são moléculas anfipáticas do tipo detergente que atuam na solubilização dos glóbulos de gordura. Os ácidos biliares não apenas auxiliam a digestão de lipídeos, eles são fundamentais para a absorção dos produtos digeridos. As micelas formadas pelos ácidos biliares capturam os produtos apolares da degradação de lipídeos, permitindo que eles sejam transportados através da camada aquosa intacta na parede intestinal. (Sandra Ferrari)
Os sais biliares aumentam a solubilidade do colesterol, das gorduras e das vitaminas lipossolúveis para facilitar a sua absorção no intestino. A hemoglobina produzida pela destruição dos glóbulos vermelhos converte-se em bilirrubina, o principal pigmento da bílis, e passa a esta como um produto residual. Na bílis também se segregam algumas proteínas que têm um papel importante na função digestiva. A bílis flui desde os finos canais coletores dentro do fígado até aos canais hepático esquerdo e direito, depois para o interior do canal hepático comum e finalmente para o grosso canal biliar comum. Quase metade da bílis segregada entre as refeições flui diretamente, através do canal biliar comum, para o intestino delgado. A outra metade é desviada do canal hepático comum através do canal cístico até ao interior da vesícula biliar, onde se armazenará. Já na vesícula biliar, até 90 % da água da bílis passa ao sangue. O que fica é uma solução concentrada de sais biliares.
Os sais biliares são muito importantes na emulsificação dos óleos e gorduras, no tubo digestivo, facilitando a ação das lipases, durante a digestão dessas substâncias.

13) O que são lipoproteínas? Quais suas funções em seres humanos?
As lipoproteínas são partículas globulares semelhantes a micelas que consistem em um núcleo apolar de triacilgliceróis e ésteres de colesterol envoltas por uma cobertura anfifílica de proteínas, fosfolipídeos e colesterol. São classificadas segundo características físico-químicas: Lipoproteínas de Alta Densidade – HDL, Lipoproteínas de Baixa Densidade – LDL, Lipoproteínas de Muito Baixa Densidade – VLDL (Sandra Ferrari)

Lipoproteínas é um conjunto de proteínas e lipídeos, arranjados de forma a otimizar o transporte dos lipídeos pelo plasma. Os lipídeos não se misturam facilmente com o plasma, que é um meio aquoso. A fração protéica é constituída por apoproteínas. São subdivididas de acordo com suas características físco-químicas em: quilomícrons, VLDL, LDL e HDL.
Têm as seguintes funções:
a) transporte dos lípidios na corrente sanguínea.
b) ligação com os receptores celulares.
c) ativação de determinadas enzimas (Celina)

14) Diferencie: HDL, LDL e VLDL.
As células da mucosa intestinal convertem os ácidos graxos da dieta em lipoproteínas chamadas de quilomícrons. Elas, por sua vez, são liberadas na linfa intestinal e transportadas através dos vasos linfáticos antes de serem lançadas nas grandes veias. A corrente sangüínea leva os quilomícrons para todo o corpo. Outras lipoproteínas, conhecidas como lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL), lipoproteínas de densidade intermediária (IDL) e lipoproteínas de baixa densidade (LDL), são sintetizadas no fígado para o transporte dos triacilgliceróis e do colesterol endógenos (produzidos internamente) do fígado para os tecidos. As lipoproteínas da alta densidade (HDL) transportam o colesterol e outros lipídeos dos tecidos para o fígado. (Celina – Voet)

15) Qual a função da b-oxidação? Quais os produtos de cada ciclo de b-oxidação?
A função da oxidação dos ácidos graxos é, obviamente, a geração de energia metabólica. Cada ciclo de b- oxidação produz um NADH, um FADH2 e uma acetil-CoA. A oxidação da acetil- CoA pelo ciclo do ácido cítrico gera um FADH2 e 3 NADH adicionais, os quais são reoxidados por meio da fosforilação oxidativa, formando ATP. A oxidação completa de uma molécula de ácido graxo é, portanto, um processo altamente exergônico que produz muitos ATPs.
A degradação da acil-CoA graxa pela b-oxidação ocorre em quatro reações
1. A formação de uma ligação dupla trans-a, b por meio da desidrogenação pela flavo enzima acil-CoA-desidrogenase (AD).
2. A hidratação da ligação dupla pela enoil-CoA-hidratase (EH), formando a 3-L-hidroxiacil-CoA.
3. Desidrogenação dependente de NAD+ desta b-hidroxiacil-CoA pela 3-Lhidroxiacil- CoA-desidrogenase (HAD), formando a b-cetoacil-CoA correspondente.
4. A clivagem da ligação Ca -Cb em uma reação de tiólise com CoA, catalisada pela b-cetoacil-CoA-tiolase (KT; também chamada apenas de tiolase), formando acetil-CoA e uma nova acil-CoA contendo dois carbonos a menos que a original. (Celina – Voet)

domingo, 24 de janeiro de 2010

PRISCILLA SCHNEIDER É GAROTA VERÃO DE VIAMÃO 2010

PRISCILLA SCHNEIDER É A GAROTA VERÃO ETAPA VIAMÃO
Um grande público compareceu a praia de Itapuã no domigo, 24, às 18 horas, para prestigiar a etapa Viamão do 28° Concurso do Garota Verão edição 2010. Na areia da praia foi montado uma passarela, onde 23 candidatas desfilaram com idade entre 14 e 18 anos. Os jurados escolheram a candidata de número 19, Priscila Schneider, 15 anos, a nova Garota Verão de Viamão. Priscilla é moradora no bairro Santa Isabel, Viamão. A alegria do evento ficou por conta das torcidas organizadas . O Garota Verão é o concurso de beleza organizado pela RBS eventos, do grupo RBS durante o verão no Rio Grande do Sul e SC. A classificatória na cidade de Viamão é organizado pela Prefeitura Municipal. Assista os vídeos.

PROJETO SOCIOAMBIENTAL DEIXE O ARROIO FIÚZA VIVER - VIAMÃO

Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Rede Gaúcha de Ensino a Distância - REGESD
Disciplina: Seminário Integrador - Ser professor de Biologia
Aluno: VILSON ANTÔNIO DA COSTA ARRUDA (0178662)
Tarefa: Elaborar um projeto socioambiental
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
28ª COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO AÇORIANOS
Rua Almeida Rosa, 132 , Bairro Jardim Krahe – Viamão/RS
Fone: (51) 3485-0134



DEIXE O ARROIO FIÚZA VIVER

“A Educação Ambiental é forte parceira para evitar a morte do arroio Fiúza”



Viamão, 2009

1- DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:
Escola: Estadual de Ensino Médio Açorianos
Parcerias: Corsan, Coletare, Fundação Unibanco, Conselho Tutelar, Corpo de Bombeiros de Viamão
Professor orientador: Vilson Arruda
Público Alvo: 80 alunos das turmas 301, 302 e 303, da 3ª série do Ensino Médio, podendo ser estendido aos demais alunos da escola
Disciplinas colaborativas: Biologia, Matemática, Português, Geografia, História e Artes
Tempo estimado: de 6 abril a 10 de junho, cerca 84 dias letivos

2- INTRODUÇÃO
A poluição e o mau uso dos recursos hídricos transformaram as águas de 21% dos mananciais brasileiros (Ibama 2008, p 18). Esta transformação compromete a qualidade, potabilidade e a quantidade.
No Rio Grande do Sul, oito das bacias hidrográficas estão comprometidas. Um terço dos rios gaúchos está comprometido pelo lançamento de dejetos nas águas, mau uso dos recursos hídricos e a falta de investimentos. O quadro é considerado severo, principalmente, nos mananciais da região Metropolitana de Porto Alegre, em especial nos rios Gravataí e Sinos. Os dois rios figuram no ranking dos que têm pior qualidade, conforme levantamento da Agência Nacional de Águas (ANA). A oscilação na quantidade também foi constatada devido às estiagens, conforme constata o diretor do Departamento de Recursos Hídricos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), Paulo Paim. (Jornal Correio do Povo, abril 2009).
O Rio Gravataí no RS, que figura entre os que estão em pior situação do país, forma-se no Banhado Grande, que abrange os municípios de Santo Antônio da Patrulha, Glorinha, Gravataí e Viamão, sendo a principal alavanca para o desenvolvimento da região.
A partir desse manancial hídrico é realizada a captação de água para o abastecimento humano. As indústrias dos mais diversos ramos, as lavouras, a criação de gado e as atividades de lazer e recreação utilizam as águas do Gravataí.
Como podemos observar a cidade de Viamão está no palco da bacia hidrográfica do rio Gravataí, uma vez que contribui com água de arroios e sangas que desembocam ao longo do leito do rio. Entre esses afluentes encontra-se sub bacia do arroio Fiúza que uma de suas nascentes ocorre no bairro Querência, a oeste da cidade, e o seu curso cruza o bairros Nova Esperança, Jardim Krahe e Pró-Morar, pelo qual essas comunidades contribuem com a emissão dos resíduos domésticos, rural e industrial que são jogados neste manancial de forma não sustentável.
Em Viamão, no bairro Jardim Krahe, está inserida a Escola Estadual de Ensino Médio Açorianos que atende os estudantes da Cohab, Nova Esperança e Pró-Morar que são os motivos do nosso estudo e das ações ambientais.

3-PROBLEMATIZAÇÃO
Caminhando nas margens do Arroio Fiúza num trecho estimado em 03 quilômetros, a partir da nascente localizada no bairro Querência, é observado que se acumulam no seu leito carcaças de sofás, partes de geladeiras, pneus, garrafas pet, sacolas plásticas, animais mortos, elementos de eletrodomésticos, pedaços de madeira, galhos de árvores e entre outros entulhos que impendem o deslocamento normal da água.
A maior parte do leito do arroio não tem acesso ao público, pois fica em fundos de quintal ou a relva densa impede o acesso por via terrestre.
Verifica-se também que as casas ribeirinhas, em sua maioria, despejam diretamente os resíduos domésticos diretamente na sanga sem tratamento de esgoto ou fossa.
Observa-se que o leito da sanga é muito raso, pois há pouca corrente de água. Ao olho “nú” se verifica na superfície da água um contraste translúcido parecendo uma substância oleosa.
Também se verifica a tonalidade da água que em alguns locais revela-se negra e pastosa causada pela emissão de esgotos, principalmente, domésticos originados dos bairros, Lisboa, Nova Esperança, Cohab, Jardim Krahe, Pró-Morar e populações ribeirinhas.
Nas margens observa-se uma escassa mata ciliar que não chega a cobrir 90% da área de preservação permanente. O solo descoberto contribui para ocorrências das erosões e assoreamento.
Verifica-se que os produtores rurais cultivam suas hortaliças pelo sistema de plantio tradicional, onde o solo fica descoberto e com as frequentes irrigações e as fortes chuvas o solo é arrastado para dentro do leito do arroio causando o assoreamento. A irrigação das plantas nas hortas é retirada do arroio por bombas mecânicas que distribuem a água por aspersão. Constata-se que em alguns locais a asfixia imposta ao arroio Fiúza tem nos peixes suas vítimas mais visíveis. A presença de bolhas em alguns locais, próximas a superfície, provocadas pela busca incessante de oxigênio, revela o sofrimento destes animais como cascudo e lambaris.

4-JUSTIFICATIVA:
O projeto tem como finalidade desenvolver ações ecológicas a partir da necessidade expressa em debates em sala de aula e saídas de campo, quando será discutindo com os alunos e comunidade as questões relativas ao meio ambiente, isto é, como arroio era? Como ele está? Como ele pode ficar? Qual a importância do arroio e da água para a população?
Visando aprofundar o debate e a conscientização da população ribeirinha ao Arroio Fiúza e nas redondezas se propõe o desenvolvimento deste projeto de educação socioambiental, que certamente vai ser um marco para despertar o princípio da preservação ambiental, a previsão de mudanças de atitudes e o uso sustentável da água como recurso natural não renovável. Vale lembrar que apenas 2,5% de toda a água existente na Terra é doce e somente um terço disso está pronto para o consumo.
Segundo DIAS (1994), "a Educação Ambiental precisa ser praticada interdisciplinarmente e a interdisciplinaridade é uma cooperação ativa entre as diferentes disciplinas que promove o intercâmbio e o enriquecimento na abordagem de um tema".

5- OBJETIVO GERAL:
-Compreender as noções de uso da água, uso com intervenção e sem intervenção e uso sustentável dos recursos hídricos.

5.1-OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Reconhecer e analisar práticas e situações que comprometem a disponibilidade de água no Brasil e no mundo e examinar propostas para seu uso sustentável.
-Analisar os diferentes usos da água e suas repercussões na distribuição e disponibilidade do recurso;
- Alertar a população viamonense para a situação gravíssima em que se encontra o arroio Fiúza;
- Intervindo na ação problema o aluno será capaz de apresentar soluções para mudança de atitudes da população ribeirinha;
- Entender a água como a principal fonte da vida;
-Conscientizar a comunidade escolar e a população para a necessidade de preservação do Arroio Fiúza, e sobre o seu potencial como recurso natural não renovável;
- Despertar na comunidade escolar e nos moradores do entorno do arroio a necessidade de construir fossas sépticas ou poço negro;
- Conscientizar os produtores rurais da região a fazer o manejo do solo com práticas agrícolas alternativas para evitar a erosão e o assoreamento do arroio;
-Realizar um mutirão de limpeza nas margens do arroio com a catação de lixo e plantio de árvores, envolvendo a população da redondeza e a comunidade escolar;
-Promover o uso racional da água, para evitar o desperdício e não comprometer a qualidade do produto.
-Mostrar para as pessoas a importância da mata ciliar e da fauna para manter o arroio vivo e sustentável.
-Promover ações na escola e na comunidade que contribuam para preservar os recursos hídricos disponíveis.

6-METAS
-Atingir, em curto prazo, um contato direto com 60% dos moradores;
- Promover uma ação de limpeza com os alunos em cerca de 30 % das margens do arroio;
- Participação esperada de 95% dos alunos envolvidos no projeto;
- Plantar cerca de 350 mudas de árvores nativas na margem do arroio.

7- ESTRATÉGIA

7.1- METODOLOGIA
Durante os períodos de aulas os alunos irão desenvolver os objetivos propostos e realização das tarefas.
Ação 1: Saída de campo com os alunos para observar como ocorre o destino do esgoto doméstico no bairro Jardim Krahe e redondezas. As observações serão registradas através de fotografias e em planilhas previamente elaboradas em sala de aula.
Ação 2: Discussão com os alunos sobre as ações propostas;
Ação 3: Apresentação do projeto à equipe diretiva e aos coordenadores pedagógico da Escola Estadual de Ensino Médio Açorianos;
Ação 4: Apresentar o projeto aos professores da escola para construir um ensino de interdisciplinaridade;
Ação 5: Apresentação do projeto aos parceiros e apoiadores e distribuir tarefas e responsabilidades;
Ação 6: Lançamento do projeto à comunidade escolar, população em geral e imprensa;
Ação 7: Elaboração de material pedagógico com informações, sugestões de bibliografia e sites de pesquisa para os alunos;
Ação 8: Palestra com técnicos da Corsan para todos alunos da escola para sensibilizar sobre a necessidade do tema e introduzir conhecimentos prévios sobre o assunto;
Ação 9: Presença na escola da Unidade Móvel da Corsan para os alunos envolvidos no projeto terem acesso de como ocorre os testes de análise da água;
Ação 10: Palestra com técnicos da Corsan para professores, alunos, pais e comunidade em geral;
Ação 11: Palestra para os produtores rurais ribeirinhos sobre manejo alternativo da área banhada pelo arroio;
Ação 12: Visita a Estação de Tratamento e Captação de Água da Corsan no município de Alvorada;
Ação 13: Realização do mutirão para limpeza e plantio de árvores nas margens do arroio Fiúza, em área pré-determinada pela coordenação do projeto. Neste dia o alunos receberam alimentação;
Ação 14: Elaboração de Site sobre o projeto;
Ação 15: Avaliação do projeto será realizada com participação da comunidade escolar, parceiros e apoiadores e uma mostra fotográfica, mostrando o antes e o depois do projeto de superação.
Além das ações programadas também os alunos realizarão as seguintes tarefas nos períodos de aula a partir dos seguintes questionamentos:
Primeira e segunda semana
Questionamentos introdutórios: De onde vem a água que utilizamos em nossa casa? Como ela chega até as nossas casas, pronta para o consumo? Como a utilizamos? Como podemos economizá-la, evitando o risco de o recurso faltar no futuro? Essas questões são o ponto de partida para planos de estudo, projetos ou sequências didáticas sobre a questão da água.
De início, será proposto aos alunos que elaborem, em pequenos grupos de 4 pessoas, listas com o uso da água em suas atividades domésticas e escolares: para beber, tomar banho, escovar os dentes e lavar as mãos e o rosto, lavar objetos e cozinhar. Conversando entre si, podem descobrir também outros usos não diretamente ligados ao seu próprio cotidiano, observado na saída de campo, como o agrícola e o industrial. Após, os relatores dos grupos apresentam as tarefas para à turma e todos, sem exceção, discutam os resultados, destacando a presença e a importância da água em praticamente tudo o que fazemos diariamente. Eles devem chegar a conclusão, também, que ela é essencial ao organismo humano porque ajuda a regular a temperatura do corpo e a diluir ou transportar substâncias no organismo das espécies.
Terceira e quarta semana
Na terceira semana os alunos iniciam assistindo ao vídeo Saber sobre a água, da Universidade de São Paulo. Como ele também mostra aspectos do ciclo da água na natureza e sua presença na superfície terrestre (rios, lagos e mares) e na atmosfera, pode-se aproveitar para conversar sobre isso com os estudantes. Na quarta semana os alunos serão estimulados a falar sobre aspectos climáticos que já tenham observado, como os períodos de maior ou menor precipitação, que denotam padrões sobre a presença da água, devendo demonstrar que a Terra é o único planeta do Sistema Solar que tem a água nos três estados (sólido, líquido e gasoso). Ao final da quarta aula eles farão textos colaborativos, textos com gravuras sobre os caminhos da água, para serem distribuídos na comunidade.
Quinta e sexta semana
Na quinta semana os alunos, em seus grupos, devem elaborar um guia para economizar água. A última semana será dedicado à exposição dos resultados finais num seminário com participação das três turmas envolvidas sobre as formas de economizar e utilizar adequadamente a água (utilizando toda a ação do projeto), focando desde a captação em rios, lagos ou reservatórios, estação de tratamento, distribuição, custo e economia.
Avaliação Na avaliação dos alunos será levado em consideração os objetivos definidos inicialmente. Os registros individuais de participação dos estudantes nas diferentes etapas do projeto e nos trabalhos individuais e coletivos. Será avaliado a produção de textos, painéis, e a participação no seminário.

7.2. CRONOGRAMA ATIVIDADE PERÍODO
- Saída de Campo no turno da manhã
06 de abril – 09h ás 11h30min
- Discussão da ação do Projeto com os alunos
13 de abril - 09h ás 11 horas
- Apresentação do projeto a Equipe Diretiva da Escola
19 abril – 11horas
- Apresentação do projeto aos parceiros e apoiadores.
- Distribuição de tarefas e responsabilidades;
26 de abril - 10 horas
- Lançamento do projeto para população e imprensa
30 de abril - 09 horas
- Elaboração de material pedagógico com informações, sugestões de bibliografia e sites de pesquisa.
4 de maio - 10 horas
- Palestra com técnicos da Corsan para professores, estudantes e os pais.
- Local: Salão de convenções Walter Graft
6 de maio - 10 horas
- Mostra do laboratório na Unidade Móvel da Corsan
- Local: Escola
18 de maio - 08 Horas
- Palestra para os produtores rurais e alunos. Com Emater
- Local: no salão de reuniões da Escola
21 de maio - 19 horas
- Visitação a Estação de tratamento de água da Corsan em Cachoerinha.
Saída: Escola Açorianos
25 de maio - Saída: 08h
Retorno: 11 horas
- Demarcação da área para o cultivo de árvores e abertura das covas;
26 de maio - 09 horas
- Realização do Mutirão no arroio Fiúza para limpeza e plantio de árvores nas margens, em área pré-determinada pela coordenação do projeto
- Encaminhamento dos resíduos, após coleta para o lixão por meio de caminhões
28 de maio - Início: 8 horas
Término: 12 horas
- Elaboração do Site do projeto
7 de junho
- Avaliação do projeto pelos envolvidos e convidados;
- Exposição de fotos.
10 de junho - a partir das 08 horas

8- RECURSOS

8.1- RECURSOS HUMANOS:
-Alunos envolvidos no projeto: 80
-Professores para coordenar as turmas: 08 no dia do mutirão
-Professores para coordenar a ida em Alvorada: 02 por viajem
-Operários para abertura de covas: 02
-Bombeiros : 02
-Parceiros voluntários

8.2- RECURSOS FÍSICOS:
Sala de reuniões - sala de aula - auditório - sala para exposição de fotos - local para estacionar unidade móvel da Corsan - sala de vídeo e laboratório de informática – local para refeição próximo ao arroio.

8.3- RECURSOS MATERIAIS:
Papel A4 – Máquina fotográfica – folders – Camisetas - botas - xerox - baner - luvas descartáveis - sacos plásticos - máscaras de nariz - mudas de árvores – caminhão caçamba – ônibus – computador - recipiente para água – água potável - projetor tipo data show – alimentação – barco.

8.4 – RECURSOS FINANCEIROS:
O projeto será financiado pela Corsan, Fundação Unibanco e Coletare de Resíduos Sólidos.
Total 1.713,00

9.0-CONTEÚDOS
BIOLOGIA: Educação Ambiental, Ciclo da Água, Aquífero Guarani, Água (usos, consumo, disponibilidade, conflitos e sustentabilidade); Tratamento da água, Poluição da água,
MATEMÁTICA: Transformação de cm³ e m³ para litro, Custo da água, Interpretação da Conta de água, Cálculo do consumo per capta.
GEOGRAFIA: Principais fontes de água no município, Estudo do Plano Diretor de Viamão, Fossas sépticas.
HISTÓRIA: Distribuição da água, Escoamento dos recursos hídricos, A intervenção do homem sobre a natureza,
ARTES: Elaborar Vídeo e arte final gravuras do material escrito explicativo para distribuição a população riberinha.

10- Link do Vídeo Noticiado na RBSTV
10.1 -Link de notícia do Correio do Povo
10-2 -Link para ver fotos do mutirão e vídeo
11-REFERÊNCIAS:
PDV (Plano Diretor de Viamão), 2006.
ZH (Zero Hora), 2009. Asfixia dos dois rios, 2009. Porto Alegre.
CP (Correio do Povo), 2009. Situação é grave nos rios gaúchos, 05 abril 2009. Porto Alegre, 06 abril 2009. Porto Alegre, RS.
CP (Correio do Povo), 2009. Falta educação ambiental para preservação da água, 06 abril 2009. Porto Alegre, RS.
LINHARES, S. & GEWANDSZNAJDER, F, 2008. Biologia volume único, 2008, São Paulo: Editora Ática.
BRASIL. PCN+ ENSINO MÉDIO. Secretaria de Educação Média eTecnologia/MEC,
VIEIRA, RICARDO, ACESSORIA DE PLANEJAMENTO - ASPLA. Alagoas, 1997. Disponível em: . Acesso em 02 jan. 2010.
MARTINS, Jorge Santos. O trabalho com projetos de pesquisa: do ensino fundamental ao médio. São Paulo: Papirus, 2008.
Web-bibliografia:
E - educador. Como elaborar Projetos de Ensino. Disponível em: http://e-educador.com/index.php/projetos-de-ensino-mainmenu-124/77-projetos-de-ensino/2417-
projetosensino. Acesso em 04 de jan. de 2010.
Sites postados depois da avaliação final do projeto
AVALIAÇÃO DO PROJETO
Professora: RAQUEL PEREIRA QUADRADO
sexta, 22 janeiro 2010, 23:32
O projeto apresentado traz ótimas articulações entre o entorno da escola e o ensino de biologia. Parte do pressuposto de que ações locais podem contribuir para a melhoria do ambiente e produzir aprendizagens importantes. A iniciativa é ótima. O texto apresenta-se bem escrito e articulado. A metodologia é pertinente, clara e objetiva. Identifiquei alguns trechos extraídos do site da revista Nova Escola disponível on line, dos planos de aula para ciências. Para citar alguns exemplos desses trechos, tem-se os objetivos, que estão disponíveis em http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/pratica-pedagogica/agua-usos-abusos-497855.shtml, bem como parte da metodologia, que pode ser encontrada em http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/pratica-pedagogica/agua-cotidiano-490500.shtml. Tais sites não foram referenciados no trabalho. No entanto, percebo também que houve um grande envolvimento na produção do trabalho e um grande comprometimento em produzir algo voltado para a sua comunidade. O projeto ficou ótimo, só necessitaria referenciar as todas as fontes de consulta.
NOTA: 8

sábado, 16 de janeiro de 2010

GLOSSÁRIO DE EMBRIOLOGIA

Universidade Federal do Rio Grande do Sul
REGESD
Disiciplina: Biologia dos organismos animais
Histologia e Embriologia - ano 2010

Aluno: VILSON ANTÔNIO DA COSTA ARRUDA (0178662)

1) Ovócitos: ou oócitos, são células germinativas femininas ou células sexuais produzidas nos ovários dos animais. Resultam de um processo fisiológico denominado oogénese (ovogénese, oogênese ou ovogênese).
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ov%C3%B3cito

2) Zona pelúcida: é uma barreira física formada por celulas foliculares que serve para proteger os ovócitos e pré-embriões de antígenos durante o período de fecundação. http://pt.wikipedia.org/wiki/Zona_pel%C3%BAcida

3) Divisão meiótica: É o tipo de divisão celular que leva à redução do número de cromossomos para metade, no qual ocorrem duas divisões nucleares sucessivas — Divisão I e Divisão II. Deste modo originam-se quatro células-filhas, com metade do número de cromossomas da célula inicial, devido à separação dos cromossomos homólogos. Tendo cada célula-filha apenas um cromossoma de cada par de homólogos, esta é denominada célula haplóide (n). http://pt.wikipedia.org/wiki/Meiose

4) Haplóide: são as células dos organismos eucariotas que tem apenas um conjunto do número de cromossomas característico da espécie. Tem a metade do número de cromossomos da espécie. http://pt.wikipedia.org/wiki/Haploide
5)Diplóide: são aquelas células cujos cromossomos se organizam em pares de cromossomos homólogos, e assim, para cada característica existem pelo menos dois genes, estando cada um deles localizado num cromossomo homólogo. http://pt.wikipedia.org/wiki/Diploide
6) Zigoto: Célula formada pela fusão dos gametas masculino e feminino, e que dará origem, por diferenciação e embriogênese, ao novo ser da espécie. http://pt.wiktionary.org/wiki/zigoto
7)Clivagem: consiste em repetidas divisões do zigoto. A divisão mitótica do zigoto em duas células-filhas chamadas blastômeros, começa poucos dias depois da fertilização. http://www.interaula.com/versao1.3/biologia/Clivagem%20do%20zigoto.htm
8)Blastômeros: são as primeiras células resultantes das sucessivas divisões mitóticas (segmentação ou clivagem) do zigoto. São células não especializadas que, na evolução embrionária, irão compor a mórula, a blástula, e a gástrula. http://www.coladaweb.com/biologia/desenvolvimento/embriologia-humana
9)Embrioblasto: é uma massa celular interna que forma o embrião e contribui para a formação do âmnio e saco vitelino.
10)Trofoblasto: é um conjunto de células que se encarrega de fazer a nutrição do embrião e formar o cório e a porção embrionária da placenta. O trofoblasto é considerado o primeiro dos anexos embrionários http://felipebatistela.wordpress.com/0909-teorica-primeira-semana-do-desenvolvimento-embrionario-pratica-metodos-contraceptivos/
11)Embrião: nas plantas, é a parte da semente, e, nos animais, é o produto das primeiras modificações do óvulo fecundado, que vai dar origem a um novo indivíduo adulto. http://pt.wikipedia.org/wiki/Embri%C3%A3o
12)Placenta: é um órgão que existe somente durante a gestação e tem a função de manter a gestação e garantir o desenvolvimento normal do feto. Sua formação se inicia a partir do momento em que o ovo (óvulo fecundado) se implanta na cavidade uterina e continua se desenvolvendo até o momento do nascimento da criança. Quando madura, a placenta é um disco com aproximadamente 20 cm de diâmetro e 2 cm de espessura com aparência de carne vermelho escura.
Ela tem uma face materna que fica aderida ao útero e uma face fetal de onde emerge o cordão umbilical. É dentro da placenta que a circulação fetal se aproxima da circulação materna; www.amigasdoparto.org.br/2007/index2.php?option...do...

13)Celoma: Cavidade originada da mesoderme, o celoma (cele - "cavidade"). No adulto, o celoma formará a cavidade geral do corpo, situada entre a derme/epiderme e o tubo digestivo. Tal cavidade aloja diversos órgãos do animal, que neste caso recebe o nome de celomado (com cavidade central totalmente revestida pela mesoderme). http://wapedia.mobi/pt/Celoma

14)Placa neural: Lâmina da ectoderme, colocada por cima do notocórdio, situada a todo o comprimento do eixo central dos embriões dos cordados, e que se diferencia originando o sistema nervoso central. A placa neural enruga-se e forma um tubo neural que origina a espinal medula e o cérebro. http://www.infopedia.pt/$placa-neural

15)Notocorda: É uma barra de tecido que se desenvolve do mesoderma em todos os cordados. Encontra-se na posição dorsal ao celoma e ocorre paralela e por baixo do tubo neural. http://biologias.com/dicionario/notocorda

Arruda

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

METABOLISMO DO NITROGÊNIO - EXERCÍCIOS CORRIGIDOS

Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Instituto de Biociências
REG209 – Bioquímica Fundamental

ALUNO: VILSON ANTÔNIO DA COSTA ARRUDA (0178662)

Questionário 6 CORRIGIDO – Metabolismo do Nitrogênio


1) Qual órgão em que começa a digestão das proteínas? Qual a principal enzima responsável pela digestão?
A digestão das proteínas começa no estômago. A principal enzima responsável pela digestão é a pepsina.

2) Cite 3 funções da degradação de proteínas.
1º - armazenar nutrientes na forma de proteínas e quebrá-las quando houver necessidade metabólica, processos que são muito significativos em tecidos musculares;
2º - eliminar proteínas anormais cuja acumulação possa ser prejudicial à célula;
3º - permitir a regulação do metabolismo celular por meio da eliminação de enzimas e de proteínas regulatórias supérfluas.

3) Em que consiste o processo de ubiquitinação? Qual a sua importância?
A ubiquitinação de proteínas é uma modificação pós-traducional que consiste na adição de uma ou mais moléculas de ubiquitina a proteínas específicas, alterando sua função, localização celular ou direcionando-as para a degradação no proteassoma. Desempenha uma função importante na regulação de proteínas. Ela marca proteínas indesejadas (por exemplo, proteínas mal-dobradas) para que sejam degradadas por organelas chamadas proteassomas.



4) O que é proteassomo? Qual a sua função?
As proteínas ubiquitinadas são degradadas proteoliticamente em um processo dependente de ATP mediado por um grande complexo multiprotéico chamado de proteossomo. Função é degradar proteínas

5) Em que consiste a desaminação? E qual o papel da transaminação?
Desaminação é o processo pelo qual o aminoácido libera o seu grupo amina na forma de amônia e se transforma em um cetoácido correspondente. Transaminação consiste na transferência do seu grupo amino para um a-cetoácido, produzindo o aminoácido correspondente ao a-cetoácido e o a-cetoácido correspondente ao aminoácido original. Geralmente o aceitador do grupo amina é o a-cetoglutarato, que é convertido em glutamato e um novo a-cetoácido.

6) Em que consiste a desaminação oxidativa? Qual sua relação com o ciclo de Krebs e consequentemente com o metabolismo energético?
A desaminação oxidativa consiste na remoção do grupo amino de um aminoácido, sob a forma de amônia livre, formando um a-cetoácido correspondente ao aminoácido. O glutamato é desaminado oxidativamente pela glutamato-desidrogenase (GDH), produzindo amônia e regenerando o a-cetoglutarato para uso em reações de transaminação adicionais. A sua relação com o ciclo de Krebs ocorre pois forma o a-cetoglutarato, um intermediário do ciclo de Krebs.


7) Quais as 3 maneiras que o excesso de nitrogênio pode ser excretado pelos organismo? Qual a principal forma produzida pelos mamíferos terrestres?
A eliminação do excesso está diretamente relacionada com a quantidade de água de que dispõe o ser vivo. Os organismos que a possuem em grande quantidade eliminam amônia; os organismos que precisam exercer um relativo controle sobre a quantidade de água eliminem uréia; e os organismos que vivem em regime de grande economia de água eliminam ácido úrico. Nos mamíferos terrestres a principal forma é a uréia.

8) Descreva o Ciclo da uréia. Em que órgão esse ciclo ocorre?
A enzima carbamoilfosfato sintetase I (presente na micotôndria e sua atividade depende de N-acetil glutamato) catalisa a condensação da amônia com bicarbonato, para formar carbamoilfosfato. O ciclo da uréia tem início, na mitocôndria, com a condensação da ornitina e do carbamoilfosfato gerando citrulina, que sai da mitocôndria e reage com aspartato gerando argininosuccinato e fumarato. A formação da citrulina é catalisada pela transcarbamoilase, enquanto a argininosuccinato sintetase gera argininosuccinato, que sofre a ação da argininosuccinato liase e produz arginina. Finalmente a arginase transforma arginina em uréia e ornitina. Este último composto volta para a mitocôndria, dando continuidade ao ciclo. Este ciclo requer 4 ATP para excretar duas moléculas de amônia na forma de uréia, através dos rins. Ocorre no fígado.


9) O que são aminoácidos glicogênicos e cetogênicos? Qual sua relação com o ciclo de Krebs e consequentemente com o metabolismo energético?
Aminoácidos glicogênicos são aqueles cujo catabolismo produz piruvato ou dos intermediários do ciclo de Krebs. Esses intermediários são abstratos para a gliconeogênese e podem, portanto, originar a forma líquida da glicose ou de glicogênio no fígado e do glicogênio no músculo.
Os aminoácidos que são degradados a acetil-coa ou acetoacetil-coa são chamados de cetogênicos porque dão origem a corpos cetônicos.

10) Descreva o ciclo do nitrogênio. Que organimos são responsáveis pela sua fixação?
A fixação é o processo através do qual nitrogênio é capturado da atmosfera em estado gasoso (N2) e oxidado a amônia (NH3), posteriomente a nitrito (NO2-) e em seguida até nitrato (NO3-), por um processo denominado de nitrificação. Depois que o nitrogênio atmosférico é convertido em uma forma biologicamente útil (p. ex., amônia), ele deve ser assimilado (incorporado) nas biomoléculas. Após a introdução do nitrogênio em um aminoácido, o grupo amino pode ser transferido, por transaminação, para outros compostos. As reações de assimilação de nitrogênio são críticas para a conservação deste elemento essencial, já que a maioria dos organismos não o fixa e por isso depende do elemento pré-fixado. É no espaço natureza com a atividade de metabolismo das plantas que os nitratos se transformam em proteínas e outros produtos que são em grande parte consumidos por animais de diferentes espécies, como alimentos e outra parte volta a terra seja em forma de excreção ou com restos de animais mortos. Além disso, o nitrato é reduzido a NH3 por plantas, fungos decompositores e muitas bactérias, em um processo chamado de amonificação. Depois disto são transformados por atividade das bactérias em compostos nitrogenados e assim se fecha o ciclo do nitrogênio, pois este novamente pode ser aproveitado pelas plantas, um longo processo que se completa quando o nitrogênio volta a seu estado inicial.



11) Explique por que os sintomas de uma deficiência parcial em uma enzima do ciclo da uréia podem ser atenuados por uma dieta com baixo teor de proteínas.
Pessoas com defeitos genéticos em qualquer uma das enzimas do ciclo da uréia são intolerantes a uma dieta rica em proteínas. Aminoácidos desaminados no fígado geram amônia, sendo que a mesma não pode ser convertida em uréia, resultando em acúmulo de amônia. Dietas com baixo teor de proteínas reduz esse acúmulo.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

METABOLISMO, GLICÓLISE E CICLO DE KREBS

Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Instituto de Biociências
REG209 – Bioquímica Fundamental


Aluno: VILSON ANTÔNIO DA COSTA ARRUDA - 178662

Questionário 4 – Introdução ao Metabolismo, Glicólise e Ciclo de Krebs

INTRODUÇÃO AO METABOLISMO

1) Conceitue metabolismo, anabolismo, catabolismo e metabólitos.
Metabolismo: É processo geral por meio do qual os sistemas vivos adquirem e usam energia livre para realizarem suas funções.
Anabolismo(biossíntese): processo no qual as biomoléculas são sintetizadas a partir de componentes mais simples.
Catabolismo(degradação) : processo no qual os nutrientes e os constituintes celulares são degradados para o aproveitamento de seus componentes ou para geração de energia.
Metabólitos: os reagentes, os intermediários e os produtos das reações enzimáticas são denominados metabólitos.
(SANDRA PAULA FERRARI)

2) O que é ATP e qual sua função no metabolismo?
Trifosfato de adenosina, adenosina trifosfato ou simplesmente ATP, é um nucleotídeo responsável pelo armazenamento de energia em suas ligações químicas. É constituída por adenosina, um nucleosídeo, associado a três radicais fosfato conectados em cadeia. A energia é armazenada nas ligações entre os fosfatos.
A importância do ATP reside na grande quantidade de energia livre que acompanha a quebra das suas ligações fosfoanidrido. O ATP armazena energia proveniente da respiração celular e da fotossíntese, para consumo posterior. A molécula atua como uma moeda celular, ou seja, é uma forma conveniente de transportar energia.
(SANDRA PAULA FERRARI)




3) O que são e quais os papeis dos NAD+ e dos FAD nos sistemas biológicos?
NAD - dinucleótido de nicotinamida-adenina. É uma coenzima que apresenta dois estados de oxidação: NAD+ (oxidado) e NADH (reduzido). É usado como "transportador de eletrons" nas reações metabólicas de oxi-redução, tendo um papel preponderante na produção de energia para a célula.
FAD - dinucleótido de flavina e adenina (FAD), também conhecido como flavina-adenina dinucleótido e dinucleótido de flavina-adenina. É um cofator orgânico (coenzima), necesárias ao funcionamento das enzimas. Também é um transportador de elétrons , produzindo energia para a célula.
(SANDRA PAULA FERRARI)

4) Explique e justifique a falta de equilíbrio nas reações metabólicas.
Reações metabólicas ocorrem muito longe do equilíbrio; isto é, são irreversíveis. Isso se deve ao fato de que uma enzima que catalisa uma dessas reações não tem atividade catalítica suficiente para permitir que o equilíbrio seja atingido (a velocidade da reação que ela catalisa é muito baixa). Conseqüentemente, os reagentes acumulam-se em grande excesso em relação às quantidades de equilíbrio. (CELINA CORBELLINI)
Quando se tem um excesso de reagentes em relação aos produtos, fica mais fácil de regular, pois pode aumentar a formação de produtos reduzindo os reagentes chegando mais próximo do equilíbrio ou não, dependendo da necessidade do organismo. (SANDRA PAULA FERRARI)

Em uma via completa, o fluxo é determinado pela etapa determinante da velocidade da via. Por definição, esta etapa é a mais lenta e freqüentemente é a primeira etapa comprometida com a via metabólica em questão. Em algumas vias, o controle do fluxo é compartilhado por várias enzimas, e todas elas auxiliam na determinação da velocidade total do fluxo de metabólitos através da via. Porque a etapa limitante da velocidade é lenta em relação a outras etapas, seu produto é logo removido pelas etapas seguintes, antes que ele possa atingir o equilíbrio com o reagente. Assim, a etapa determinante ocorre longe do equilíbrio e possui uma variação de energia livre bastante negativa. De uma maneira semelhante, uma represa cria uma diferença nos níveis de água entre os seus lados, a montante e a jusante, de modo que a diferença de pressão hidrostática produz uma grande variação negativa de energia livre. A represa pode liberar água para gerar energia elétrica, variando o fluxo de água de acordo com a necessidade de energia. (VOET)

5) Por que não se podem empregar integralmente as enzimas de uma via catabólica em sua correspondente via anabólica?
O fluxo em uma via metabólica é controlado pela regulação da atividade das enzimas que catalisam as etapas limitantes da velocidade da via.
Se um metabólito for convertido em outro metabólito por um processo exergônico, deverá haver um suprimento de energia livre para converter o segundo metabólito novamente no primeiro. Esse processo, energeticamente considerado “ladeira acima”, requer uma via diferente para, pelo menos, algumas etapas de reação.
A existência de rotas de interconversão independentes, é uma propriedade importante das vias metabólicas, pois permite que cada um dos processos tenha um sistema de controle independente. Se o metabólito 2 for necessário para uma célula, será preciso desativar a via de 2 para 1 e ativar a via de 1 para 2. Tais controles independentes seriam impossíveis se não existissem vias diferentes. (CELINA CORBELLINI)

6) O que são reações acopladas e qual a importância delas nas vias metabólicas?
Reações acopladas: Rea ções associadas onde a energia livre de uma reação exergônica é utilizada para dirigir uma segunda reação endergônica. O Acoplamento envolve “compostos de alta energia” que agem como doador de energia livre para a maioria dos processos que requerem energia. (ROSANETE M. SCHUH BLEIL)

7) Qual o papel das reações de oxi-redução no metabolismo?
Uma reação de oxi-redução é uma reação onde ganha-se e perde-se elétrons, ou seja, oxidação é perder elétrons e redução é ganhar elétrons. (MARA REGINA COSTA DE SOUZA)
Portanto, reações de oxi-redução ocorre constantemente no metabolismo pois os combustíveis metabólicos são oxidados até CO2, os elétrons são transferidos para carreadores moleculares que, nos organismos aeróbicos, transferem finalmente os elétrons para o oxigênio molecular. Esse processo de transporte de elétrons produz um gradiente de concentração de prótons que promove a síntese de ATP. Mesmo os anaeróbios obrigatórios, organismos que não fazem fosforilação oxidativa, dependem da oxidação de substratos para impulsionarem a síntese de ATP. Na realidade, reações de oxidação-redução (também conhecidas como reações redox) suprem os seres vivos com a maior parte da energia livre de que necessitam. (VOET)


- Glicólise


8) Em qual compartimento celular ocorre a glicólise?
A glicólise ocorre no citoplasma

9) Escreva a sequencia de reações da glicose (não esqueça de falar as enzimas envolvidas e mostrar em q passos é clivado e produzido o ATP, bem como reduzido o NAD+).
A glicose entra na via glicolítica por sua fosforilação a glicose-6-fosfato (enzima: hexoquinase), onde o ATP é o doador de fosfato, formando-se o ADP, adenosina-difosfato (a hexoquinase é inibida pela glicose-6-fosfato, o produto da reação, por mecanismo alostérico). A glicose-6-fosfato é convertida a frutose-6-fosfato pela fosfoglicosomerase, o que involve uma isomerização aldose-cetose. Em seguida, ocorre outra fosforilação à custa de ATP catalisada pela fosfofrutoquinase (PFK) formando-se frutose-1,6-difosfato (a PFK é uma enzima alostérica cuja atividade desempenha importante papel na regulação da velocidade da glicólise). A frutose-1,6-difosfato é cindida pela aldolase em2 trioses-fosfato, o gliceraldeído-3-fosfato e a dihidroxicetona-fosfato, que são interconversíveis pela ação da enzima fosfotriose-isomerase. A glicólise prossegue pela oxidação do gliceraldeído-3-fosfato a 1,3-difosfoglicerato pela gliceraldeído-3-fosfato-desidrogenase, que é NAD (nicotinamida adenina dinucleotídeo) dependente (forma-se NADH). A energia liberada durante a oxidação é retida na ligação fosfato de alta energia na posição 1 do 1,3-difosofoglicerato. Esse fosfato de alta energia é capturado como ATP em uma reação ulterior com o ADP, catalisada pela fosfoglicerato-quinase, liberando o 3-fosfoglicerato. Visto que se formam 2 moléculas de trioses-fosfato por molécula de glicose, nessa etapa são formadas2 moléculas de ATP por molécula de glicose. O 3-fosfoglicerato é convertido então a 2-fosfoglicerato pela fosfoglicerato-mutase. O passo subseqüente é catalisado pela enolase e envolve uma desidratação e uma redistribuição da energia dentro da molécula, formando-se o fosfoenolpiruvato. O fosfato de alta energia do fosfoenolpiruvato é transferido ao ADP pela enzima piruvato-quinase, para formar 2 moléculas de ATP por molécula de glicose oxidada. O enolpiruvato formado nessa reação converte-se espontaneamente à forma cetônica do piruvato.

Outra maneira mais simples de escrever a sequencia é:

No primeiro estágio da glicólise, a glicose é fosforilada pela hexocinase, isomerizada pela fosfoglicose-isomerase (PGI), fosforilada pela fosfofrutocinase (PFK) e clivada pela aldolase para produzir as trioses gliceraldeído-3-fosfato (GAP) e diidroxiacetona-fosfato (DHAP), que são interconvertidas pela triose-fosfato-isomerase (TIM). Essas reações consomem 2 ATP por glicose.
No segundo estágio da glicólise, o GAP é fosforilado oxidativamente pela gliceraldeído-3-fosfato-desidrogenase (GAPDH), desfosforilado pela fosfoglicerato-cinase (PGK) para produzir ATP, isomerizado pela fosfoglicerato-mutase (PGM), desidratado pela enolase e desfosforilado pela piruvato-cinase para produzir uma segundo ATP
e um piruvato. Esse estágio produz 4 ATP por glicose; portanto, um rendimento líquido de 2 ATP por glicose.
(SANDRA PAULA FERRARI)

ÁCIDOS NUCLÉICOS E LIPÍDIOS

Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Instituto de Biociências
REG209 – Bioquímica Fundamental

UFRGS

Ácidos nucleícos e lipídeos

Questionário nº 3 corrigido por alunos da biologia, tutor Iuri e profesora Fabiana Horn

- Ácidos nucléicos

1) Qual a estrutura básica de um nucleotídeo?
Em sua estrutura primária, os ácidos nucleicos (DNA e RNA) podem ser vistos como uma cadeia linear composta de unidades químicas simples chamadas nucleotídeos. Um nucleotídeo é um composto químico e possui três partes: um grupo fosfato, uma pentose (molécula de açúcar com cinco carbonos) e uma base orgânica. Nas moléculas de DNA a pentose é uma desoxiribose enquanto que nas moléculas de RNA a pentose é uma ribose. A base orgânica, também conhecida como base nitrogenada, é quem caracteriza cada um dos nucleotídeos, sendo comum o uso tanto do termo seqüência de nucleotídeos quanto o termo seqüência de bases. As bases são adenina (A), guanina (G), citosina (C), timina (T) e uracila (U), sendo as duas primeiras chamadas de purinas e as três últimas chamadas de pirimidinas. No DNA são encontradas as bases A, G, C e T. No RNA encontra-se a base U ao invés da base T. (Maria Veronica Reis Weber)


2) Diferencie bases nitrogenadas, nucleosídeos e nucleotídeos.
Os nucleotídeos são compostos por uma base nitrogenada, uma pentose e um grupo fosfato.
Um nucleosídeo equivale a um nucleotídeo sem o grupamento fosfato, somente com a base nitrogenada e a pentose.
As bases nitrogenadas são compostos cíclicos contendo nitrogênio
(SANDRA PAULA FERRARI)

3)Quais as bases nitrogenadas que podem ocorrer nos ácidos nucléicos.
Bases nitrogenadas: púricas e pirimidinas.
No DNA → Purinas (adenina e guanina) e Pirimidinas (timina e citosina)
No RNA → Purinas (adenina e guanina) e Pirimidinas (uracila e citosina)
(Celina Corbellini)

4) Qual a ligação que une os nucleotídeos em uma fita de DNA ou de RNA? Quais são as partes dos nucleotídeos envolvidas nesta ligação?
A ligação de fosfodiéster, porque o fosfato é esterificado com duas unidades de ribose. A ligação é feita entre o grupo químico chamado hidroxila (OH) ligada ao terceiro carbono da pentose de um nucleotídeo e o fosfato do nucleotídeo seguinte ligado ao carbono cinco da pentose do mesmo. (Maria Veronica Reis Weber)

A ligação é feita entre o grupo químico chamado hidroxila (OH) ligada ao terceiro carbono da pentose de um nucleotídeo (por isso se chama extremidade 3’ do DNA) e o fosfato do nucleotídeo seguinte ligado ao carbono cinco da pentose do mesmo (por isso se chama extremidade 5’ do DNA) . Fabiana

5) Entre os principais nucleotídeos ,encontra-se a ATP (e também GTP ,TTP, UTP e CTP). Qual a sua função?
ATP é, normal e equivocadamente, classificado como uma molécula de armazenamento de energia, mas o termo mais preciso seria carreador ou transmissor de energia. O ATP difunde-se pela célula, fornecendo energia para as tarefas celulares, como reações biossintéticas, transporte iônico e movimento celular. A energia do ATP é disponibilizada pela transferência de um (ou dois) dos grupos fosfato a outra molécula. Os nucleotídeos estão presentes em vários processos metabólicos e são tidos como subunidades dos ácidos nucléicos, participam do transporte e na conservação de energia (ATP, por exemplo), são encontrados como componentes de alguns co-fatores enzimáticos e alguns apresentam a função de mensageiros químicos celulares, como é o caso do cAMP, um segundo mensageiro. A adenosina 5´-trifosfato , o ATP, é de longe o mais largamente utilizado, mas o UTP, o GTP e o CTP são também usados em algumas reações. Esses nucleosídeos trifosfatos também funcionam como precursores ativos na síntese do DNA e do RNA. (Celina Corbellini)

6) Descreva a estrutura tridimensional do DNA segundo o modelo de Watson-Crick.
A representação do DNA, descrita por Watson, é a de uma longa molécula, constituída por duas fitas enroladas em torno de seu próprio eixo, como se fosse uma escada do tipo caracol. A ligação entre elas é feita por pontes de hidrogênio, que são ligações fracas, isto é, que se rompem com facilidade, ficando as bases nitrogenadas com o papel de corrimão de uma escada circular.
Watson e Crick também propuseram que:
• A molécula de DNA é uma hélice dupla fita
• De diâmetro uniforme
• Gira para a direita, como um parafuso
• As duas fitas correm em direções opostas.
O modelo de Watson-Crick do DNA possui as seguintes características principais:

1. Duas cadeias polinucleotídicas circundam um eixo comum formando a dupla Hélice.
2. As duas fitas de DNA são antiparalelas (possuem direções opostas), mas cada uma forma uma hélice para o lado direito. (A diferença entre hélices orientadas tipo mão esquerda e tipo mão direita.)
3. As bases ocupam o centro da hélice, pois são hidrofóbicas e se “escondem” do meio aquoso, ficando no interior da molécula, e as cadeias de açúcar-fosfato estão dispostas na periferia, minimizando a repulsão entre os grupos fosfato carregados, sendo a porção polar e ficando em contato c/ o meio aquoso. A superfície da dupla hélice forma dois sulcos de largura diferente: a cavidade maior e a cavidade menor.


4. Cada base está ligada a uma base da fita oposta por meio de ligações de hidrogênio, formando um par de base planar. A estrutura de Watson-Crick pode acomodar apenas dois tipos de pares de base. Cada resíduo de adenina deve formar o par com um resíduo de timina e vice-versa, e cada resíduo de guanina deve formar par com um resíduo de citosina e vice-versa. Essas interações por ligações de hidrogênio, um fenômeno denominado pareamento de bases complementares, resultam na associação específica das duas cadeias da fita dupla. (Rosanete M. Schuh Bleil)

7)A estabilização da estrutura tridimensional dos ácidos nucléicos é feita pelo pareamento específico de bases. Qual o pareamento mais estável e por quê?
No DNA, os pareamentos que ocorrem são dois: entre a Citosina e a Guanina (formando três ligações de hidrogênio) e entre a Adenina e a Timina (formando duas ligações de hidrogênio). Logo, o pareamento mais estável é o que ocorre entre a Citosina e a Guanina, pois é neste pareamento que ocorre a formação de um maior número de ligações de hidrogênio entres as bases. (Jane Alves)

8) Que outro tipo de interação há entre bases nitrogenadas e que papel exercem na estrutura?
A dupla hélice é mantida unida por duas forças:
Por pontes de hidrogênio formadas pelas bases complementares e por interações hidrofóbicas, que forçam as bases a se "esconderem" dentro da dupla hélice.
Essas interações por ligações de hidrogênio, um fenômeno denominado pareamento de bases complementares, resultam na associação específica das duas cadeias da fita dupla
(Celina Corbellini)

9)Quais as diferenças estruturais entre o DNA e o RNA?
(Rejane Maria Chaves da Silva)

DNA
RNA
Pentose
Desoxirribose
Ribose
Bases
Adenina, Guanina, Citosina e Timina
Adenina, Guanina, Citosina e Uracila
Cadeias
Duas
Uma
Localização
Núcleo e mitocôndria
Núcleo e citoplasma
Função
Hereditariedade, controle da atividade celular
Síntese de proteína

10) Explique o dogma central da biologia, ou seja, explicar sucintamente a produção de proteinas a partir do DNA.
DNA de um gene é transcrito produzindo uma molécula de RNA com sequência complementar. A seqüência de bases no RNA é então traduzida na seqüência correspondente de aminoácidos, formando uma proteína. (Rosanete M. Schuh Bleil)

11) Por que se diz q a replicação do DNA é semi-conservativa? E qual o reflexo disso na hereditariedade?
Nesse caso cada fita do DNA é duplicada formando uma fita híbrida, isto é, a fita velha pareia com a fita nova formando um novo DNA; de uma molécula de DNA formam-se duas outras iguais a ela. Cada DNA recém formado possui uma das cadeias da molécula-mãe, por isso o nome semi-conservativa. (Maria Veronica Reis Weber)
Como a fita velha é conservada e utilizada como molde para a síntese da nova fita, a sequência do DNA é mantida, podendo então ser transmitida nas proximas gerações, pois se cada vez a molécula de DNA fosse sintetizada s/ molde, originaria moléculas com sequências diferentes e seriam então transmitidas informações diferentes para as celulas filhas e os descendentes, mas mantendo o molde a informação é conservada (IURI)

- Lipídeos
12) O que são ácidos graxos?
Ácidos graxos são ácidos monocarboxílicos de cadeia normal que apresentam o grupo carboxila (–COOH) ligado a uma longa cadeia alquílica, saturada ou insaturada. (Celina Corbellini)

13) O que é um ácido graxo insaturado e um ácido graxo saturado? De que modo a insaturação afeta as propriedades físicas dos ácidos graxos?
Ácidos Graxos Saturados :
· Não possuem duplas ligações · São geralmente sólidos à temperatura ambiente · Gorduras de origem animal são geralmente ricas em ácidos graxos saturados
Ácidos Graxos Insaturados :
· Possuem uma ou mais duplas ligações sendo mono ou poliinsaturados · São geralmente líquidos à temperatura ambiente · A dupla ligação, quando ocorre em um ácido graxo natural, é sempre do tipo "cis". · Os óleos de origem vegetal são ricos em Ácidos Graxos insaturados. · Quando existem mais de uma dupla ligação, estas são sempre separadas por pelo menos 3 carbonos. As duplas ligações nunca são adjacentes e nem conjugadas
O ponto de fusão dos ácidos graxos aumenta com o aumento da cadeia, mas diminui com o aumento do número de insaturações. Isso ocorre porque a configuração "cis" das duplas ligações provoca uma dobra de 30o na cadeia, o que dificulta a agregação das moléculas.
(Celina Corbellini)

14)Compare as estruturas e as propriedades físicas dos triacilgliceróis, dos glicerofosfolipídeos e dos esfingolipídeos.

ESTRUTURA
PROPRIEDADES FÍSICAS

Triacilgliceróis
Substâncias apolares e insolúveis em água são triésteres de glicerol com ácidos graxos.
Podem ser chamados de gorduras ou óleos, dependendo do estado físico na temperatura ambiente: se forem sólidos, são gorduras, e líquidos são óleos. No organismo, tanto os óleos como as gorduras podem ser hidrolisados pelo auxílio de enzimas específicas, as lipases ( a lipase pancreática), que permitem a digestão destas substâncias.
Os triacilgliceróis insaturados têm uma menor temperatura de fusão, permanecendo no estado líquido mesmo em baixas temperaturas. Se fossem saturadas, ficariam no estado sólido e teriam maior dificuldade de mobilidade no organismo do animal.
Glicerofosfolipídeos
Os fosfolípideos são ésteres do glicerofosfato - um derivado fosfórico do glicerol. O fosfato é um diéster fosfórico, e o grupo polar do fosfolipídio.

Esfingolipídeos
A principal diferença entre os esfingolipídios e os fosfolipídios é o álcool no qual estes se baseiam: em vez do glicerol, eles são derivados de um amino álcool. Estes lipídeos contém 3 componentes fundamentais: um grupo polar, um ácido graxo, e uma estrutra chamada base esfingóide - uma longa cadeia hidrocarbônica derivada do d-eritro-2-amino-1,3-diol.
(SANDRA PAULA FERRARI)

15) Comente brevemente as funções dos esteróides e eicosanóides.
Os esteróides têm como funções, entre outras, afetar o metabolismo de carboidratos, de proteínas e de lipídeos e influenciar em uma grande variedade de outras funções vitais, incluindo reações inflamatórias e a capacidade de lidar com estresse; regular a excreção de sal e de água pelos rins e afeta o desenvolvimento e a função sexual. (Jane Alves)
Já os eicosanóides são moléculas derivadas de ácidos graxos com 20 carbonos das famílias ômega-3 e ômega 6. Elas exercem um complexo controle sobre diversos sistemas do organismo humano, especialmente na inflamação, imunidade e como mensageiros do sistema nervoso central. As redes de controles biológicos que dependem dos eicosanóides estão entre as mais complexas do corpo humano.
Os eicosanóides ω-6 são geralmente pró-inflamatórios, enquanto os ω-3 exercem bem menos essa função. A quantidade desses ácidos graxos na dieta de uma pessoa afeta as funções controladas pelos eicosanóides no organismo dela, podendo afetar o sistema cardiovascular, a quantidade de triglicérides, a pressão arterial e artrite. Drogas antiinflamatórias, como o ácido acetilsalicílico e outros antiinflamatórios não-esteróides, agem diminuindo a síntese de eicosanóides.
Os eicosanóides possuem quatro famílias:
a)prostaglandinas,
b)prostaciclinas
c)tromboxanos
d)leucotrienos.
Para cada uma há duas ou três séries separadas, derivadas de um ácido graxo ω-3 ou ω-6. As diferentes atividades dessas séries explicam os efeitos benéficos dos ω-3 e ω-6 para a saúde.
(Vilson Antônio Arruda)

16) Em relação aos lipídeos e a membrana:
a) Explique por que a difusão lateral é mais rápida do que a difusão transversal em lipídeos de membrana.
A transferência de uma molécula lipídica através de uma bicamada, um processo chamado de difusão transversal ou movimento de ponta-cabeça, é um evento extremamente raro, pois tal movimento requer que o grupo da cabeça polar, hidratado, do lipídeo passe através do cerne hidrocarbonado anidro da bicamada. As velocidades do movimento de ponta-cabeça dos fosfolipídeos possuem meias-vidas de vários dias ou mais. Contrastando às baixas velocidades do movimento de ponta-cabeça, os lipídeos são altamente móveis no plano da bicamada (difusão lateral). (Celina Corbellini)

b) Discuta a influência da temperatura na fluidez da membrana
A temperatura de modo geral aumenta os movimentos das moléculas, aumenta a agitação molecular, no caso dos lipídeos da membrana, se a temperatura aumenta ficam tb mais agitados, se movimentam mais ficando em um estado mais fluido e mais desorganizado, ou seja, a membrana fica mais fluida. Se a temperatura diminui, os lipídeos se movimentam menos, ficando em um estado menos fluido e mais organizado, aumentando a interação entre eles (ficam mais compactados; por isso óleos como o de arroz e oliva podem solidificar se colocados na geladeira), de maneira que a redução da temperatura reduz a fluidez da membrana (IURI)

c)Discuta a influência da saturação e insaturação dos lipídeos na fluidez da membrana
A fluidez da membrana depende na verdade do contato entre os lipédeos que a formam, quanto maior o contato entre os lipideos, menor a fluidez e qto menor o contato mais fluida ela fica. Um lipídeo saturado possui as caudas hidrocarbonadas retas, por isso apresentam maior região de interação entre eles, ficando mais compactados (mais juntos): consequentemente a membrana fica menos fluida. Ja um lipídeo insaturado, ou seja, que possui uma ou mais ligações duplas na cauda hidrocarbonada do ácido graxo, passam a ter uma inflexão, ficam com “a perna dobrada p/ frente” de maneira que se afastam e mantêm distância do lipídeo vizinho, assim dificultando e reduzindo o contato entre eles; como conseqüência, aumenta a fuidez da membrana. (IURI)

Vocês reverão esse conteúdo em química orgânica (Fabiana)

d)Discuta a relação temperatura x insaturação ou saturação na fluidez da membrana
A fluidez da membrana deve sempre ser mantida em um nível adequado e constante, não deve ficar nem muito fluida e nem pouco fluida, mantendo sempre uma fluidez normal. Então se a temperatura aumenta, a membrana fica mais fluida, mas a celula tem q manter o nivel da fluidez constante então uma estratégia é reduzir a proporção de lipideos insaturado e aumentar a de saturados, de maneira a reduzir a fluidez que foi aumentada pelo aumento da temperatura. Se a temperatura reduz a fluidez diminui, uma maneira p/ manter a fluidez é aumentar a proporção de lipideos insaturados e reduzir os saturados p/ aumentar a fluidez q foi diminuida pela temperatura. (IURI)

Cabe notar que a modulação da fluidez pela alteração na insaturação dos ácidos graxos do lipídeos de membrana ocorre sobretudo em bactérias e animais de sangue frio, cuja temperatura do organismo está sujeita a alterações na temperatura ambiental, enquanto animais de sangue quente mantêm a temperatura corporal constante (Fabiana).

e) Qual a importância do colesterol nas membranas?
O colesterol regula a rigidez, a permeabilidade e principalmente a fluidez da membrana. O colesterol se orienta na bicamada com os seus grupamentos hidroxila próximos aos grupos das cabeças polares das moléculas de fosfolipídios. Nessa posição, o anel esteróide interage com as regiões das cadeias de hidrocarboneto mais próximas aos grupos das cabeças polares. Por meio da redução da mobilidade de alguns fosfolipídios, o colesterol torna a bicamada menos sujeita a deformações nesta região, e assim, diminui a permeabilidade da bicamada a pequenas moléculas hidrossolúveis. Apesar de o colesterol tornar a bicamada menos fluida, também inibe possíveis compactações das cadeias hidrocarbonadas dos lipídeos (transições de fase). Em baixas temperaturas, a membrana permanece mais enrijecida, então o colesterol se intercala entre os lipídios causando um afastamento das cadeias de ácido graxo de um lipídio e de outro, de maneira a manter a fluidez da membrana. Portanto, quando a temperatura do ambiente é maior que a temperatura de transição de fase a membrana está no estado fluido e quando esta situação se inverte então o colesterol passa a “atrapalhar” o movimento dos lipídeos, de maneira a reduzir a fluidez da membrana. (IURI)

17) A face interna e externa da membrana possuem a mesma composição? Se não, cite as diferenças. Explique as diferenças entre proteínas de membrana integrais e periféricas.
A face externa possui glicocálice (formado por lipídeos que contêm açúcares – os glicolipídeos) e um maior conteúdo de fosfatidilserina, fosfatidiletanolamina, enquanto a face interna possui maior conteúdo de fosfatidilcolina e esfingomielina. (IURI)
As proteínas periféricas estão inteiramente fora da membrana, mas sãoligadas a ela por ligações iônicas e forças moleculares fracas (pontes de hidrogênio e/ouforças de Van der Waals) e podem ser dissociadas da membrana por agentesque rompem essas ligações.
As proteínas integrais são encaixadas na bicamada lipídica. Muitas delasestão estendidas de um lado ao outro da membrana e são chamadas proteínastransmembranares. Elas freqüentemente têm três domínios diferentes, doishidrofílicos e um hidrofóbico. O domínio hidrofóbico, transmembranar, insere-seconfortavelmente na bicamada lipídica porque é feito de aminoácidos com cadeiaslaterais hidrofóbicas. (Vilson Antônio Arruda)

18) Descreva brevemente o modelo do mosaico fluido.

O modelo mais aceito atualmente foi formulado por Singer e Nicholson em 1972, que propuseram o Modelo de Mosaico Fluído.
Mosaico ou arte musiva é um embutido de pequenas peças formando determinado desenho. O objetivo do mosaico é preencher algum tipo de plano com pequenas peças.
Essa designação de mosaico reflete como a membrana pode ser visualizada em microscópio eletrônico, com esse aspecto de mosaico, com muitas “peças” lipídicas dispostas em bicamada com proteínas inseridas. A palavra “fluido” descreve o fato de que, apesar da estabilidade estrutural das membranas em duas camadas lipídicas, todos os lipídios em cada camada são livres para se deslocarem lateralmente, fazendo-o com grande desenvoltura e rapidez. As proteínas integrais trespassam ambas camadas lipídicas, e também podem mover-se lateralmente sem empecilhos; como são maiores, deslocam- se com menos rapidez devido à inércia.
Na prática, as membranas biológicas funcionam como um verdadeiro “mar bidimensional”, com completa liberdade de movimento nas duas dimensões de sua superfície, mas com restrição (ainda que não absoluta) aos movimentos que levariam um lipídio (ou proteína) a “sair” da membrana perdendo-se no compartimento adjascente, ou aos movimentos ditos “basculantes” ou “ponta-cabeça” (flip-flop em inglês), em que um lipídio vai espontaneamente de sua monocamada para a outra, atravessando, com sua porção polar, a região hidrofóbica da membrana. (IURI)
Na face externa da membrana encontram-se hidratos de carbono ligados, quer à cabeça hidrofílica dos fosfolípidos (formando os glicolípidos), quer às proteínas (glicoproteínas), que se pensa serem importantes no reconhecimento de substâncias. A bicamada fosfolipídica das biomembranas tem um papel essencialmente estrutural. Os fosfolípidos dispõem-se nesta bicamada de forma a que as cabeças polares (hidrofílicas) ocupem as duas superfícies (intra e extracelular) e as caudas (hidrofóbicas) fiquem orientadas umas para as outras. Os lípidos da bicamada são móveis, alterando com frequência a sua posição dentro de uma camada. Podem executar movimentos laterais ou movimentos ponta-cabeça (flip-flop), em que saltam de uma camada para outra. As proteínas, que fazem parte da ultra-estrutura das biomembranas, podem estar ligadas à superfície da membrana - proteínas extrínsecas -, ou podem encontrar-se total ou parcialmente embebidas na bicamada - proteínas intrínsecas -, originando uma estrutura assimétrica. Estas enzimas podem, ainda, funcionar como enzimas, proteínas transportadoras de substâncias, proteínas receptoras de sinais do meio externo. As proteínas também podem mover-se lateralmente. (Vilson Antônio Arruda)

GAMETOGÊNESE

QUESTIONÁRIO SOBRE GAMETOGÊNESE
1- Explique a estrutura do tubo seminífero.
Os tubos seminíferos são revestidos por uma camada conjuntiva e contêm em seu interior um epitélio constituído basicamente por dois tipos celulares.
No interior dos tubos seminíferos podem ser observadas células de grande dimensão, células de Sertoli, com funções de nutrição e sustentação dos espermatozóides e o epitélio germinativo propriamente dito, que origina os espermatozóides. Encaixadas no espaço entre as circunvoluções dos tubos seminíferos podem ver-se as células intersticiais ou de Leydig, responsáveis pela produção das hormônios sexuais masculinos, sobretudo testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos e dos caracteres sexuais secundários.

2- Diferencie espermatogênese de espermiogênese.
Espermatogênese é o processo de formação do espermatozóide, enquanto a espermiogênese é o período de diferenciação em que as espermátides sofrem transformações (formação do flagelo, acrossomo) originando os espermatozóides.

3- Diferenciar gônadas de gametas.
As gônadas são glândulas reprodutivas masculino e femininas: os testículos e os ovários, respectivamente.
Além da sua função reprodutiva, as gônadas são também glândulas do sistema endócrino, responsáveis pela produção de hormônios sexuais.
Produzem os hormônios que ao serem secretados são geralmente anabólicos, isto significa que promovem anabolismo, a fase construtiva do metabolismo.

4- Explique o período de maturação da ovogênese.
O período de maturação da ovogênese é idêntico da espermatogênese, corresponde a meiose. O ovócito I (2n) entra em meiose I, formando, cada, um ovócito II ou ovócito de 2ª ordem e um glóbulo polar. O ovócito II apresenta citoplasma volumoso, armazenando todas as reservas alimentares (vitelo) para o embrião. O pólo polar, ao contrário, é praticamente o núcleo celular, sem citoplasma. O ovócito II e o glóbulo polar são haplóides (n), cujos cromossomos se encontram duplicados, isto é, com duas cromátides.

5- De que é formamdo o sêmen ?
As pesquisas realizadas apontam que o esperma (sêmen) contém um vasto número de substâncias: espermatozóides, líquido seminal, água, ácido ascórbico, cítrico, úrico, lático e pirúvico (ciclo de Krebs); frutose, potássio, colesterol, uréia, magnésio, zinco e vitamina B12/E/C.

6- Quais as partes e medidas de um espermatozóide humano ?
Três partes:
a)Cabeça (acrossomo, membrana celular, núcleo, centríolo);
b)Peça Intermediária ( mitocôndria);
c)Cauda (flagelo).

Medida: entre 0,05 e 0,06 mm
7- Qual o tempo de formação de um espermatozóide desde a espermatogônia ?
De 70 a 80 dias

8- Em que local do aparelho reprodutor feminino ocorre a fecundação?
Na Tropa de Falópio

9- Diferencie espermatogênese de ovogênese, quanto ao número de células haplóides formadas.

Cada espermatócito primário diplóide que participa da espermatogênese origina, ao final do processo, quatro espermatozóides haplóides. Isso justifica o grande número de espermatozóides encontrados no esperma, em cada ejaculação, com um número oscilante entre 300 a 500 milhões, enquanto na ovogênese na etapa da divisão II da meiose, o ovócito II origina uma célula grande (haplóide), o óvulo, e outra pequena, o segundo glóbulo ou corpúsculo polar, que pode se dividir, originando dois corpúsculos polares.

10- O que é oligospermia ?
Oligospermia por vezes também apelidada oligozooespermia, caracteriza a situação em que a contagem de espermatozóides no ejaculado masculino tem um valor inferior a 20 milhões por mililitro de sémen ejaculado. Infertilidade. Trata-se de uma doença com a classificação da OMS ICD-10 N46. A oligozooespermia pode ser transitória ou permanente.
Causa: pode ser causada por um conjunto variado de motivos entre os quais a orquite (inflamação do testículo), testículos que não descem até ao escroto e varicocele. O stress, o cigarro e o abuso do alcool e de algumas drogas podem provocar oligozooespermia transitória.

Referências:

Dias, Diaroni Paschoarelli. Biologia Viva, volume único, 1ª Ed – São Paulo: Moderna,1996

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