sábado, 17 de abril de 2010

GESTÃO ESCOLAR E A INOVAÇÃO PEDAGÓGICA

Pólo_G20_ UFRGS_POA1

Alunos: Carlos Alberto Nascimento Bernardes. Ione Pinheiro de Oliveira. Raquel Schneider Martins. Adriana Lopes da Silveira.

TRABALHO DE PESQUISA

A GESTÃO ESCOLAR E A INOVAÇÃO PEDAGÓGICA
Se for definido que Gestão da Educação é tomada de decisões conscientes sobre o que fazer a partir de objetivos definidos, necessário se faz entender que toda a tomada de decisões é um pensar e um ato político, porque implica em escolhas que se faz entre opções existentes e escolhas que se faz a partir de aonde se quer chegar.Em termos operacionais, o PPP enquanto expressão política das necessidades sociais e expressão política da Lei Maior, e considerando a estrutura e funcionamento da unidade escolar, tem como ponto de referência, documento-base, a maneira como se dispõe a organização interna e a fisionomia da instituição. Ele delineia a identidade da escola e é o documento fonte/instrumento das políticas educacionais em ação na escola. Por isso é necessária a organização do trabalho pedagógico a partir de objetivos precisamente expressos e conteúdos sistematizados. Essas decisões, que são tomadas pelo conjunto da comunidade escolar, isto é, coletivamente, vão garantir a política educacional e a qualidade do ensino.
Nesse sentido, a gestão democrática da Educação é, ao mesmo tempo, transparência e impessoalidade, autonomia e participação, liderança e trabalho coletivo, representatividade e competência. Voltada para um processo de decisão baseada na participação e na deliberação pública, a gestão escolar expressa um anseio de crescimento dos indivíduos como cidadãos e do crescimento da sociedade enquanto sociedade democrática. Por isso, a gestão escolar democrática é a gestão de uma administração concreta. A gestão democrática, hoje, enquanto expressão política Da norma constitucional e da LDB, está vinculada à formação da cidadania, por meio da construção coletiva do PPP. Todavia, a construção da cidadania envolve um processo de formação de consciência pessoal e social, e de reconhecimento desse processo em termos de direitos e deveres. A realização se faz por meio das lutas contra as discriminações, da abolição de barreiras segregativas entre indivíduos e contra as opressões e os tratamentos desiguais, isto é, pela extensão das mesmas condições de acesso às políticas públicas e pela participação de todos na tomada de decisões. É a condição essencial de a cidadania reconhecer que a emancipação depende fundamentalmente do interessado, uma vez que, quando a desigualdade é somente confrontada na arena pública, reina a tutela sobre a sociedade, fazendo-a dependente dos serviços públicos. O papel da comunidade não é substituir o Estado, libertá-lo de suas atribuições constitucionais, postar-se sob sua tutela, mas organizar de maneira competente para fazê-lo funcionar. Surge daí a necessidade da cidadania que vai determinar a qualidade do Estado. Nesse sentido, comunidade não é apenas um lócus geográfico espacial, mas uma categoria da realidade social, de intervenção social nessa realidade, assim como o abandono da postura, até então predominante na cultura, que é a de esperar pela ação do Estado como obrigação, e criticá-lo pelo não-cumprimento ou pela omissão (GOHN,1994).
Uma prática de gestão comprometida com a formação de brasileiros fortes e capazes de dirigir seus destinos – os destinos da nação e os do mundo – tem que possuir a força do conhecimento, emancipação que possibilita o equilíbrio da afetividade nas relações, a competência em todas as atividades e a riqueza firme do caráter que norteia as ações (FERREIRA, 2003, p.113).
A discussão sobre a gestão participativa mostra-se relevante à medida que se observa, no âmbito escolar, uma prática autoritária e conservadora, voltada apenas para a parte burocrático-administrativa e colocando em segundo plano a ação progressista, participativa, que busque uma ação transformadora no cotidiano escolar e o envolvimento de todos os envolvidos no processo educacional. Nesse contexto, o Diretor é figura de suma importância, visto que uma liderança consciente o auxiliará na transformação da prática administrativa, pedagógica e relacional no contexto escolar. Assim sendo, o trabalho buscou discutir as principais questões relacionadas à atuação do Diretor no âmbito escolar, enfocando a gestão democrática e participativa nas escolas, como também à função do Diretor dentro desse novo modelo organizacional para a construção de um ensino de qualidade; a gestão participativa não só produz visões compartilhadas pelos vários segmentos internos e externos da comunidade escolar, como promove a divisão de responsabilidades e o acompanhamento formal e informal das ações. Ela também enriquece os processos de busca coletiva de soluções para os problemas que surgem na escola e em suas relações com a comunidade usuária e com os órgãos centrais do sistema de ensino.
“Uma boa escola começa com um bom gestor. Muitos excelentes professores são maus gestores, administradores. O bom gestor é fundamental para dinamizar a escola, para buscar caminhos, para motivar todos os envolvidos no processo” (José Manuel Moran).

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